Internacional
Pistorius pensa em suicídio, diz amigo à BBC
Julgamento
11/03/2013
O atleta olímpico e paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius, acusado de ter matado a namorada, pode estar "à beira do suicídio", de acordo com as declarações de um amigo da família à BBC.
Mike Azzie, que tem mantido contato regular com o atleta e é chamado por ele de "tio Mike", afirma que Pistorius se transformou em um "homem destruído" e já teve que vender bens como cavalos de corrida para pagar as despesas com sua defesa.
Esporte
Azzie disse que teme pelo estado mental e emocional do atleta biamputado, conhecido por disputar provas de atletismo com próteses nas pernas.
"Não há mais confiança na voz dele, e ele está quase como alguém andando em círculos, sem saber onde ir", afirmou.
"Apenas por conversar com ele, eu diria que ele é um homem destruído. Eu iria até mais longe e diria que ele pode estar à beira do suicídio."
O amigo da família fez os comentários para um documentário que o canal de TV britânico BBC 3 está fazendo sobre o caso.
Fiança
Considerado um dos mais famosos atletas paraolímpicos da atualidade, o corredor, de 26 anos, alega que matou sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, depois de tê-la confundido com um invasor em sua casa.
A promotoria, por outro lado, sustenta a versão de que Pistorius cometeu o assassinato após discussões conjugais.
Celebridade na África do Sul, Steenkamp tinha 29 anos e era formada em Direito.
Pistorius foi libertado sob fiança no dia 22 de fevereiro e vai responder ao processo em liberdade até junho, quando deve voltar ao tribunal.
Mike Azzie afirmou que o atleta frequentemente fala sobre Reeva Steenkamp e sobre a família da modelo.
"Ele parece sempre mencionar Reeva e pede para que rezemos por ela e pela família dela", afirmou o amigo da família na entrevista que deve ser transmitida na Grã-Bretanha nesta terça-feira.
Recurso e restrições
Nesta segunda-feira os advogados de Pistorius entraram com um recurso para diminuir as restrições ao atleta.
A Justiça da África do Sul ordenou que ele entregasse o passaporte, o proibiu de visitar a casa onde ocorreu o crime, em Pretória, e se apresentasse em uma delegacia entre as 7h da manhã e 13h, todas as segundas-feiras e sextas-feiras.
Mas os advogados do atleta afirmam que estas condições impostas a Pistorius são "injustificadas e não fundamentadas pelos fatos".
A defesa apresentou provas na Justiça de que não há risco de o atleta fugir, acrescentando que as próteses de Pistorius o impediriam de passar despercebido pela segurança do aeroporto.
Por isso, ele deveria ter permissão oficial para viajar para fora da África do Sul.
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