Paraíba

139 moreias são encontradas mortas em praias de João Pessoa; especialistas e órgãos investigam causas


26/12/2024

Da Redação / Portal WSCOM

Mais de 100 moreias foram encontradas mortas em diversas praias de João Pessoa, incluindo Cabo Branco, Manaíra e Jardim Oceania, nesta terça-feira (26). O fenômeno chamou a atenção de banhistas e moradores, que avistaram os animais boiando no mar ou espalhados pela areia. A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) e a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) estão investigando o caso.

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As moreias, muitas em avançado estado de decomposição, foram recolhidas por agentes da Emlur, que orientaram o enterro dos peixes nas áreas afetadas. Segundo a Sudema, amostras de água foram coletadas nos trechos atingidos para análise laboratorial, com o objetivo de identificar as espécies e possíveis causas do incidente. A operação segue em andamento, com apoio de outros órgãos ambientais.

Pesquisadores apontam diferentes hipóteses para o evento. Yasmin Santana, bióloga da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sugeriu que as mortes podem estar relacionadas ao descarte por embarcações de pesca, que frequentemente utilizam moreias como isca. Telton Ramos, também da UFPB e coordenador do Instituto Peixes da Caatinga, destacou a necessidade de uma investigação mais detalhada. “Pode estar ligado à poluição, aumento de temperatura, mudança na salinidade ou até causas naturais. O ideal é coletar os exemplares para análise antes de conclusões”, disse.

A Associação Guajiru, por meio do Projeto Tartarugas Urbanas, monitorou a situação e contabilizou mais de 139 moreias mortas nas praias de Jardim Oceania, Manaíra e Cabo Branco. A entidade informou que acionou as autoridades ambientais e está colaborando com as investigações.

O secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, Welison Silveira, afirmou que casos semelhantes ocorreram em 2010 e 2016, inclusive no litoral do Rio Grande do Norte. Ele destacou que as investigações envolvem a UFPB e biólogos locais. “Estamos analisando fatores como poluição, elevação da temperatura da água e alterações climáticas. Já descartamos algumas hipóteses e continuamos o trabalho em conjunto para esclarecer o ocorrido”, explicou.



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