Uma mulher, grávida, morreu na madrugada desta quarta-feira (1º), no município de Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa. De acordo com familiares, Alexandra da Silva, 33 anos, moradora da comunidade Casa Branca, procurou atendimento médico na manhã de terça-feira (30) em um PSF com indícios de elevação da pressão arterial.

Segundo o senhor João Carlos, cunhado de Alexandra, na unidade de saúde ela não foi atendida por uma obstetra e sim por uma enfermeira que fez os primeiros procedimentos e liberou a paciente sem suspeitar que pudesse se tratar de pré-eclâmpsia (complicação séria da gravidez que inclui alta da pressão arterial e ganho de peso excessivo e rápido).

Já em casa, a grávida teve seu quadro agravado no final da noite e teve que ser socorrida para o Hospital Materno Infantil, mas já chegou morta ao local.

O cunhado ressalta que caso Alexandre tivesse sido acompanhada corretamente por uma médica ou enfermeira era para ela ter sido internada e monitorada. Grávidas com pré-eclâmpsia, o médico deverá monitorar cuidadosamente os sinais de piora ou de possível eclampsia.

“Se ela tivesse internada no hospital estava tudo bem. Uma pessoa que trabalha na Medicina tem que ter o conhecimento quando uma pessoa não está bem”, acusa João Carlos.

No parto realizado às pressas os médicos conseguiram salvar o bebê que se chama Miguel. Alexandra já tinha três filhos.

O sepultamento aconteceu no final da tarde de ontem em clima de grande comoção e indignação.