Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Renan e a Midia partidarizada


14/09/2007

Foto: autor desconhecido.

São Paulo – Há momentos em que por se estar no meio, por entre o que chamamos de “furacão” – ou seja o centro emissor dos grandes veículos de comunicação como se dá com Brasília, São Paulo e Rio acaba que por ajudar a entender de forma absolutamente concreta os meandros do conteúdo e do posicionamento a partir da grande mídia nacional.

É evidente que trato desta questão a partir da cobertura diária que os principais jornais e TVs do País tratam a questão do senador Renan Calheiros.

Não precisa ser nenhum expert em comunicação social para identificar facilmente que há uma posição pré-deliberada dos veículos (e na onda os colunistas ) de promover a ocupação dos espaços com informações privilegiando somente e apenas só quem estiver contra o senador Renan.

Impressiona que, buscando blogs sem vinculo político exacerbado, identifica-se que muitas opinões importantes, de gente importanto, portanto, não encontra guarida porque a determinação editorial dos veículos é apresentar o caos, o desgaste profundo do senador e tudo o que está em torno dele.

Aliás, é o que está em torno do senador o fato mais importante mas sem conhecimento da opinião pública perdura somente os dados negativos em torno do senador transformando o caso muito mais em uma campanha sistemática com fins político-partidários do que outra coisa.

Expliquemos: Renan não é apenas um senador. Ele representa a liderança consolidada numa Casa, o Senado, onde o Governo precisa fundamentalmente do PMDB e da liderança de Renan, portanto, todo esse bombardeio tem causa nesse contexto político forjado a partir da elite e de setores fortes do Sul do País com fortes vínculos com a Oposição (PSDB< DEM e empresários paulistas, cariocas, etc), que querem porque querem desestabilizar e derrubar o governo Lula. Esta é a questão de fundo e central, nunca que sabida pela população porque os veículos não se prestam mais a fazer jornalismo na sua essência, que é garantir a pluralidade de informações para juízo final do leitor e/ou telespectador. Aqui, na capital paulista, atesto a condição inversa. Nas grandes TVs, como a Band e tantos outros veículos, tenho acompanhado o tratamento que a mídia e apresentadores têm dado ao prefeito Gilberto Kassab que, recentemente, mandou reduzir a quantidade de carne da comida oferecida aos estudantes por recomendação da Nestlé, entretanto, excluindo a Folha de São Paulo, ninguém se atreve a fazer jornalismo expondo a verdade de uma grave posição do governo ligado a Serra, FHC, etc. Em síntese, lamentavelmente, a democracia brasileira tem construído um novo modelo de jornalismo onde as empresas de comunicação tentam desesperadamente substituir o papel dos partidos, estes sem mais moral para falar em ética soberana. Tenho dito.


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