Por mais que tenhamos olhares de todas as vertentes buscando interferir nos destinos de composição da Academia Paraibana de Letras, não há hipótese de tê-la fora da condição de mais consagrada e necessária instituição conservadora e representativa do universo intelectual do Estado.

Ah! Tudo bem, que tem gente pensando circunstâncias avançadas do ponto-de-vista processual para ela, mas cá para nós, com os fundamentos e regras corporativas históricas, é quase impossível querer que a Academia reproduza o conceito da Democracia brotada de algo semelhante à Revolução Francesa.

Não. Não vivemos em torno da essência na APL de fundamentos de revolução ideológica nem partidária, posto estar “longe” essa aura, embora a ascensão de cada membro na Academia desfrute de táticas peculiares até abrigando mecenas, como se faz sentir na Academia Brasileira de Letras.

Ali, não vence necessariamente o autor de maior quantidade e volume de obras nem o(a) sujeito(a) em tese de fama intelectual maior, mas quem sabe equilibrar produção literária/intelectual, circunstâncias, habilidade histórica e sabedoria particular para saber vencer a disputa mortal antes da fase posterior.

Tanto conceito assim, nem precisava, mas nesta semana a APL reelegerá Severino Ramalho Leite, atual presidente, e líder capaz de costurar composições e estratégicas danadas atraindo até diferentes porque o filho de Borborema aprendeu cedo a articular avanços aparentando imobilidade inexistente.

Ramalho Leite é na fase contemporânea quem exprime sem querer vestir pijama, a habilidade até em conspirações proativas a fazer da Academia um lugar a merecer avanços estruturais para tirar a poeira do seu prédio Augustiniano.

Ramalho é o Cara!

ÚLTIMA

“O olho que existe / é o que vê”