Política
O papel dos debates políticos, a contraproducente opção apenas pelos ataques e a falta de propostas convincentes
29/09/2024
A inspiração americana pelo valor do debate político a partir dos idos anos 60 em diante se proliferou como modelo chegando e fazendo vigorar no Brasil, em cada município, a exemplo de João Pessoa sem oferecer na atualidade estímulo ao acompanhamento deles por vários fatores, entre os quais a lógica ideal para a apresentação de propostas convincentes, muito além dos ataques pessoais relativamente de baixo nível.
Estamos chegando à reta final dos debates agora faltando o da TV Tambaú e o da Cabo Branco na próxima semana projetando novos rounds sem uma perspectiva que altere a ótica dos argumentos propositivos ao invés apenas da tática “da cabeça para baixo tudo é canela” nivelando assim os conceitos em torno dos próprios debates.
A rigor, na cena pessoense são três candidatos de Oposição contra a conduta situacionista do prefeito Cícero Lucena, agora com muitos ataques entre os próprios concorrentes oposicionistas em nível pesado. Impressiona a falta convincente das abordagens sobre o futuro da Capital na direção do futuro de uma cidade projetada para chegar à quantidade de 1 milhão de habitantes.
Um parêntese: ignorar a atual realidade de João Pessoa como “bola da vez” entre todas as capitais do Nordeste é apequenar o debate diante de fatos consolidando a capital paraibana em estágio especial e promissor. Negar isso é adotar premissas típicas no conceito popular de “tiro no pé”.
O fato é que até mesmo a prisão da primeira dama, Lauremília Lucena, acabou servindo de ataques e contra-argumentos a mensurar formas duras da cena, mesmo assim transformando o discurso do prefeito no âmbito da vitimização diante da força popular dela e de sua condição de dimensão em todas as segmentações sociais. Ele tem se superado diante da dor.
Em síntese, pelo nível das abordagens nos debates é provável que eles pouco tenham interferido na alteração de rumos da campanha.
Tenho dito.
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