Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

No dia seguinte


31/07/2007

Foto: autor desconhecido.

Brasilia – Não é fácil, sobretudo numa sociedade de economia pequena, conter a avalanche avassaladora que um ato como a cassação de mandato de um governador de Estado provoca na vida de milhares de pessoas, sem contar as sequelas e desdobramentos.

Há na Paraíba, de segunda-feira à noite para cá uma mar tal qual Moisés expôs diante de si na Biblia separado por uma onda de desânimo e sentimento de morte defronte de uma outra parte embevecida, como se a salvação estivesse, enfim para acontecer.

Antes de entrar no mérito da fase pós – cassação imagino não ser condição qualquer por parte do governador Cássio deparar-se com o hiato do que ele tanto fez na vida – e só – de dedicar-se à atividade político – pública inteiramente e, de uma noite para outra, se sentir impedido de fazê-lo por obra de sentença prolatada pelo Tribunal.

Pela frieza da decisão posta, o TRE pelo placar de 5 a 1 expõe a guilhotina com adversidade agravada porque, num placar mais apertado, seria mais fácil encontrar argumentos de influência desse ou daquele político na sentença prolatada.

É em face desse aspecto que a Oposição liderada pelo senador José Maranhão se prepara, como nos tempos de Roma, para adentrar ao estádio com o ar vitorioso de quem quer ver o gladiador exposto às feras, ao leão indomado da arena.

Literatura à parte, ao governador Cássio resta tão somente a busca, mesmo que tênue, da luz superior que lhe garanta vida política no atual Governo restaurando decisão em instância estadual, pois, esta é a única esperança que resta.

No paralelo, queiram ou não, o senador José Maranhão passa a montar o “ governo paralelo”, bem como estratégias capazes de serem implementadas na perspectiva de ascensão.

Enquanto isso não acontece, a Paraiba vive o clima de semi paralisia lembrando aquela frase famosa dos meninos da Torre, segundo a qual ninguém nem sobe nem sai de cima.
Rapidez do Tribunal

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Jorge Ribeiro, anunciou nesta Quarta-feira que já tomou as providências de enviar o acordao da decisão de ontem (Segunda-feira) para publicação no Diário de Justiça editado pelo Jornal A União.

A Corte quer pressa, segundo admitiu.

Cássio desabafa

A entrevista coletiva, ontem, no Palácio da Redenção serviu para choro e desabafo por parte do governador Cássio ainda inconformado com a decisao do TRE de afasta-lo do cargo.

Ele insistiu em dizer que não cometeu crime eleitoral.

Correio no alvo

Durante parte da entrevista, Cássio não poupou o Sistema Correio atribuindo-lhe engajamento na tese pela cassação.

Para ele, o sistema trabalhou no interesse de ver o empresário Roberto Cavalcanti ascendendo ao Senado por ser primeiro suplente de José Maranhao.

Roberto Cavalcanti não quis comentar o assunto.

Equipe e ações montadas

O senador Maranhao já trabalha a elaboraçao de primeiras medidas a serem anunciadas, na hipotese de sua ascensão ao poder. Ele disse ao Colunista que não tem dúvidas de que assumirá o cargo.

Ele também já trabalha a composição da equipe.

Nomes que não podem faltar

Embora falte ainda tempo, pois o processo de cassaçao terá recurso do governador, já é possivel anotar alguns nomes considerados da linha de frente para aproveitamento de uma futura equipe.

Vamos aos nomes: Benjamim Maranhao, Sales Gaudencio, Magna Maranhao, Marcelo Waick, José Ricardo Porto, Edisio Souto, Roosevelt Vita, Wirginia Moraes, Francisco Sarmento, Idácio Souto, João Laércio, Leonardo Cavalcanti, Hamilton Cordeiro, Marcos Souto Maior, entre outros.

Última

“São dois pra lá/ dois pra cá…”


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