Sem que a mídia tenha dado a devida dimensão, exceto em notas e entrevistas pontuais ali ou acolá, o fato é que o Partido Trabalhista Brasileiro na Paraíba está decidido a seguir um rumo próprio, mesmo que vinculado a projetos comuns a outros partidos.

Objetivemos: com a ascensão do deputado federal Armando Abilio no comando do PTB, o partido resolveu expandir-se ao máximo, tem ambição de ocupar espaços nobres no contexto político e, eis a novidade, topa qualquer parada para chegar aos seus objetivos, entre eles, fundamentalmente, indicar o vice em 2008 para prefeito e, em 2010, para o governo.

Volto a repetir: em nome dessa condição, a lealdade será feita inicialmente com os princípios e interesses próprios do PTB empregando-a com quem assuma o compromisso de prestigiar o partido nas suas pretensões.

Sejamos justos: Armando Abilio herda de Carlos Dunga um partido sem problemas, com abrangência estadual e formado por um time descomplicado. Na atualidade, por exemplo, professa lealdade ao grupo do governador Cássio Cunha Lima, embora mais na frente se não houver reciprocidade à altura o PTB pode tomar outros rumos.

O fato é que Armando Abilio quer participar da roda maior da política sem a subserviência imposta a ele e outros lideres do PTB pela falta de oportunidade e alternativa que observe e respeite certo grau de independência do partido trabalhista. Eles não querem negar as parcerias, mas parecem indispostos a se manterem lagartixas políticos, só dizendo amém.

Dentro desse prisma, ele já chamou para perto de si o grupo Tavares formado por Reginaldo, Edme e Diego Tavares comandando o partido no Alto Sertão, manteve a liderança de Tavinho Santos em João Pessoa mesmo com pressões para alijá-lo do PTB, Deneldes em Patos, assim como Bolinha – presidente da CDL, em Campina Grande surgindo na condição de nome alternativo para vice.

Trocando em miúdos, como se diz na Torrelândia, podem anotar que Abilio e demais lideres petebistas vão criar vários fatos novos, sobretudo, se quiserem impor-lhes amarras sem reciprocidade. Em síntese não estão mais dispostos a manter o famoso ‘venha nós, e vosso reino nada”.

O tempo provará.

Artur, eleito

Eleição e mineração tendem a impor uma lógica mínima de esperar pelo resultado para evitar surpresas mais na frente. Dentro dessa lógica, Artur Cunha Lima não comemora ainda, mas bem que já pode computar a perspectiva real de vitória na disputa para a presidência da Assembléia Legislativa depois do retorno de Nivaldo Manoel e Socorro Marques à base aliada.

Isso se efetivou na sexta-feira com participação decisiva do governador Cássio.

Última cartada

Neste sábado, contudo, caso algo imprevisível, o governador deve ir à Camboinha para visitar o deputado dissidente Ricardo Marcelo – ainda se dispondo a manter sua candidatura alternativa.

Pode não conseguir a reversão, mas tem hoje mais cacife do que antes para tal.

Mesmo assim RM resiste.

Ney e a ficha

A semana que se aproxima será terrível, em termos astrais, para o senador Ney Suassuna. É que nela se encerra uma etapa de sua vida pessoal e política no tamanho certo de suas pretensões: o mandato de senador.

Com a posse dos novos senadores – e a sua não reeleição – Ney precisará se despedir do ambiente que sempre pareceu com céu – é azul e permite valores comuns aos poucos.

Em sendo assim, Ney viverá o tempo de “fossa”, de “dor de cotovelo’, etc., levando-o a lundum danado.

Quando a ficha cair, ele vai passar um tempo por demais triste.

Umas & Outras

…O diretor geral do DNIT, Mauro Gomes, concedeu entrevista exclusiva ao Portal WSCOM Online em visita oficial à sede do Grupo WSCOM. Fez explanação minuciosa sobre as obras da duplicação da BR 101, da conclusão da BR – 230 até Campina Grande, de outras estruturantes no Nordeste e etc.

…A cobertura completa sairá na Revista NORDESTE, publicação considera por ele como ‘muito bem editada e de muita importância para a região”.

…O projeto Folia de Rua vive uma das fases mais criticas de sua historia. Nem o Governo nem a prefeitura de João Pessoa lhe dão a atenção devida.

…Também tem a parte (responsável) da própria associação, que mergulhou em inabilidades e falta de diálogos levando-a a má gerencia estratégica.

…Para anotar: o economista Julio Rafael opera uma das mais expressivas articulações à frente do Sebrae/PB.

Última

“Não vai dar/ Não vai dar não/
Você vai ver/ A grande confusão…”